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URUBUS DE FOGO©

 

 

(Para Neiva Moreira e Freitas Diniz)

 

O céu é de brigadeiro
Lá bem alto o Urubu-rei espreita
Vasculha o terreno com olhos de rapina
Sente o exalar da fedentina vitorinista
Prepara-se então para sua saga carniceira
Que se revelará no futuro imediato
Sob o manto da bossa-nova
O patrono-mor das misérias marânhicas

 

O Urubu-rei então já possuidor da carcaça
Abre suas asas e anuncia o seu domínio
Deblatera em alto e bom som o seu reinado
E aos poucos vai construindo-se potentado
Sob a mira de olhares das gentes inconscientes
Incapazes de verem à sua frente o fogo voraz
Da mente contumaz da miséria sagaz
Deste Maranhão que dorme sob as suas asas

 

Mas o Maranhão que não é só maranhão
Não quererá mais quatro décadas de dominação
E grita: “- É chegada a hora da redenção!”
E assim retoma para si toda dignidade
Resgata a honradez cidadã e a liberdade
O desejo de construir o seu novo mundo
Sem permitir que qualquer vagabundo
Subjugue tão-somente a nação marânhica valente

 

 

(Urubus são urubus – mesmo os de fogo e rei
Das terras do Maranhão não mais se apossarão
Feitos donatários republicanos de plantão, pois
Em terras do Maranhão há, por certo, nova nação!)

 

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