Tags
Agora, Alemanha, Alma, América Latina, Angola, Antologia, Aqui, Aqui Agora, Argentina, Aufklarung, Bachelard, Blog, Brasil, Brazil, Cabo Verde, Chile, Colunão, Crítica, Crítica da Arte, Crítica Literária, Cuba, Editoras, Escola de Frankfurt, Escritores, Espaço, Espanha, Espírito, Espírito Científico, Estados Unidos da América, Filosofia, Filosofia da Arte, França, Gaston Bachelard, Google, Guiné-Bissau, Inglaterra, Instante, Instinto, Instinto do Instante, Itapecuru, Itália, Japão, Joao Batista do Lago, Jornal da Poesia, Letras, Literatura Brasileira, Literatura Itapecuruense, Literatura Maranhense, Livros, LuluPress, maranhão, México, Moçambique, Modernismo, Multiply, Neomodernismo, Ontologia, Paraná, Poética do Espaço, poema, poesia, Portugal, PUC, Real Visceralismo, Realismo, Russia, São Luis, São Luis do Maranhão, São Tomé e Príncipe, Simbolismo, Sites, Sociologia, soneto, surracionalismo, Surrealismo, Terra, Timor-Leste, UFMA, UFPR, UFRJ, UnB, Venezuela, Video, Visceralismo, YouTube
URUBUS DE FOGO©
(Para Neiva Moreira e Freitas Diniz)
O céu é de brigadeiro
Lá bem alto o Urubu-rei espreita
Vasculha o terreno com olhos de rapina
Sente o exalar da fedentina vitorinista
Prepara-se então para sua saga carniceira
Que se revelará no futuro imediato
Sob o manto da bossa-nova
O patrono-mor das misérias marânhicas
O Urubu-rei então já possuidor da carcaça
Abre suas asas e anuncia o seu domínio
Deblatera em alto e bom som o seu reinado
E aos poucos vai construindo-se potentado
Sob a mira de olhares das gentes inconscientes
Incapazes de verem à sua frente o fogo voraz
Da mente contumaz da miséria sagaz
Deste Maranhão que dorme sob as suas asas
Mas o Maranhão que não é só maranhão
Não quererá mais quatro décadas de dominação
E grita: “- É chegada a hora da redenção!”
E assim retoma para si toda dignidade
Resgata a honradez cidadã e a liberdade
O desejo de construir o seu novo mundo
Sem permitir que qualquer vagabundo
Subjugue tão-somente a nação marânhica valente
(Urubus são urubus – mesmo os de fogo e rei
Das terras do Maranhão não mais se apossarão
Feitos donatários republicanos de plantão, pois
Em terras do Maranhão há, por certo, nova nação!)
Rita Costa & André L. Soares disse:
Poema maravilhoso. Na formação das imagens que me vieram a cabeça, encontro o mesmo referencial de quando leio Câmara Cascudo, em seus trabalhos de resgate e valorização da cultura nordestina. Grande abraço, Poeta do Brasil!